A Segunda escola da noite foi a Mocidade Independente de Padre Miguel, do presidente Flávio Santos, muito aguardada pelo público devido ao sucesso de seu enredo: Pede Cajú que dou..., Pé de Cajú que Dá! do carnavalesco Marcus Ferreira e do jornalista e escritor Fábio Fabato. A idéia é contar através do Caju, uma fruta originalmente brasileira, suas curiosidades e lendas destacando a brasilidade.
Com o samba que foi a música “viral” mais tocada na plataforma digital Spotify no Rio de Janeiro no final do ano, a escola da zona Oeste busca resgatar sua identidade abalada no carnaval passado quando quase foi rebaixada. Sua a proposta é trazer um carnaval mais leve que lembra as décadas de 80 e 90, bem mais alegre e “safadinho”.
A Estrela Guia entrou na avenida depois de mais de uma hora de atraso, sem culpa no ocorrido,
cantando alto, seu bom samba conduzido por seu novo intérprete Zé Paulo Sierra, que incendiou a escola com seu talento cantando e pulando entre os componentes.
A bateria Não Existe Mais Quente de Mestre Dudu, também contribuiu em muito paro o bom ensaio da escola, e mexeu com o público quando fez a paradona no refrão.
A Rainha Fabíola Andrade com uma fantasia bem tropical encantou a todos em sua estreia a frente da bateria.
O Ator Marcelo Adnet, um dos autores do samba, e a cantora Jojô Todinho também inflamaram a torcida Independente conforme foram passando pela avenida.
O primeiro casal de mestre sala e porta bandeira Diogo Jesus e Bruna Santos, desempenharam bem seu papeis, com um bailar leve e preciso.
O fato a lamentar no ensaio da Mocidade ficou por conta dos problemas envolvendo o carro de som. Pois mesmo com a troca do carro que estava com defeito, o fornecido apresentou severas irregularidades. O fato ocasionou uma longa espera e uma demora que gerou cansaço, atrasando o início do ensaio e prejudicando a volta dos componentes e do público para casa. Quem dependia de transporte público como trem, não conseguiu pegar o último disponibilizado pela Supervia.
Será que já não é mesmo possível colocar o som da Avenida a Disposição dos treinos oficiais das escolas do grupo Especial? Gasto em um som de qualidade é investimento musical ao gênero samba-enredo. Após a passagem de qualquer carro de som, a apreciação da música pelo público fica sempre prejudicada.
Vale pensar com carinho.
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