Eduardo Gallotti, 58 anos, morreu no Rio na madrugada desta quinta-feira (12) vítima de um câncer.
Referência no mundo do samba, ele se destacou pelo trabalho de pesquisa em defesa da preservação de pérolas do gênero, além da intensa participação em rodas na Lapa, como Sobrenatural e Mandrake, e em Niterói, como o Candongueiro. Ele também foi fundamental no processo de revitalização da Lapa em um bairro boêmio.
A cantora Teresa Cristina se despediu do amigo em suas redes: "Galotti foi o primeiro sambista que eu conheci de perto. Suas rodas no Mandrake, no Sobrenatural, no Lavradio. Aprendi com ele muitos sambas do Noel, Nelson Cavaquinho… Gallotti era uma enciclopédia! Engraçado, talentoso, inteligente. Acordei com essa notícia triste e ainda vou digerir essa informação mas foi embora um mestre das rodas, saibam todos todos vocês".
Integrante do Samba do Trabalhador, no Renascença Clube, o músico e compositor Gabriel da Muda também se manifestou. "Gallotti, além de ser pioneiro neste movimento que trouxe o samba de volta ao seu lugar, um pouco esquecido na década de 90, era um imenso conhecedor do assunto, provavelmente o maior que conheci. Além disso, um intérprete único. Cantava como ninguém, gozando de si mesmo, com as letras dos sambas que só ele sabia. Que honra imensa foi ter tido o privilégio desse aprendizado todo. Que honra imensa é poder dizer que, mais que fã, virei seu amigo. Obrigado por tudo, professor! Seguiremos daqui, fazendo nossa parte, e seguindo o teu lindo legado", escreveu.
FONTE/CRÉDITOS: Feras do Samba
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